Nesta terça-feira (2), o Governo de Pernambuco admitiu estudar a flexibilização do isolamento social levando em consideração o grau de evolução da pandemia para cada região do Estado. Em reunião com prefeitos, promovida pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o governador Paulo Câmara (PSB) sugeriu promover reuniões, a partir da próxima semana, com os gestores municipais para discutir os aspectos regionais da pandemia de Covid-19.
“Esses encontros ajudarão na discussão das peculiaridades de cada região. Desde o início é nosso intuito buscar essa regionalização, tenho discutido isso com a área da saúde. Evidentemente não dá pra discutir o plano município por município, mas dá pra gente montar por macrorregião”, disse Paulo Câmara na videoconferência.
O governador reforçou a posição de que a curva de contágio do novo coronavírus vem sendo achada em Pernambuco. Porém, alertou que a pandemia ainda está num patamar grave no Estado. “Ainda temos um grande percurso dessa maratona pela frente. Ao longo desses dias fizemos esforços importantes e isso pode mostrar, ao longo das próximas semanas, que tudo aquilo que planejamos pode se concretizar. Além do mais, o isolamento ainda é uma questão necessária”, afirmou Câmara.
Também participaram da reunião o secretário de Saúde do Estado, Andre Longo, e secretário de Planejamento, Alexandre Rebêlo. Longo afirmou que o governo ainda tem cautela para a reabertura. “Nesse momento nós preferimos ser conservadores e decidimos não fazer nenhuma flexibilização regional pelo menos durante essa semana. No entanto, a partir da próxima semana tudo isso será levado em conta”, justificou.
Alexandre Rebêlo apresentou aos prefeitos o plano de convivência com o coronavírus em Pernambuco. Segundo ele, “em Pernambuco, a tendência da curva é de estabilização da pandemia. Nós trabalhamos com três índices, o número de novos casos, o número diário de óbitos e a capacidade do sistema de saúde, por meio da quantidade de leitos de enfermaria e UTI, e os três também mantém a tendência de estabilização”, disse.
No início da manhã desta terça-feira (2), o governador também participou de uma reunião por videoconferência com representantes dos Poderes constituídos. Participaram da encontro virtual o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Eriberto Medeiros (PP), além do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Fernando Cerqueira e do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Dirceu Rodolfo. Também participou e o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros.
De acordo com o Governo do Estado, para a reabertura, a gestão quer considerar, prioritariamente, “a relevância socioeconômica” dos setores e os riscos que o retorno de cada atividade representa para a saúde. “Os próximos 15 dias, serão determinantes para testar a segurança da flexibilização e os impactos na saúde da população”, diz nota da gestão estadual sobre o assunto. O governo afirma que partir do dia 8 de junho, a construção civil começará o retorno gradual, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior. Para a RMR, as obras serão liberadas com 50% dos funcionários e no horário das 9h às 18h. Já no interior, a liberação também é de 50%, sem determinação de horário.
Ainda de acordo com o governo, no dia 15 de junho os serviços de atendimento ao público também serão flexibilizados. Salões de beleza e serviços de estéticas estarão liberados, com a regra de atender um cliente por vez, sem fila de espera e com higienização entre um cliente e outro. Varejos de bairro voltarão a funcionar em lojas de até 200 metros quadrados. O governo também liberou shoppings centers, centros comerciais e praça de alimentação, que poderão adicionar o atendimento via coleta na operação.
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