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Lançamentos de imoveis ficam comprometidos diante da crise - Sinduscon PE

Lançamentos de imoveis ficam comprometidos diante da crise

26/05/2020 - Fonte: Portal CBN - Movimento Econômico
Avaliação preliminar dos efeitos da crise, mostrando que 79% das construtoras pretendem adiar lançamentos previstos para os próximos meses.

As vendas de apartamentos novos cresceram no primeiro trimestre, mas, devido à pandemia de covid-19, a construção civil reduziu os lançamentos. As informações são do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do primeiro trimestre de 2020, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional). Foram coletados e analisados dados de 118 municípios, sendo 18 capitais.

O Brasil registrou aumento de 26,7% nas vendas de apartamentos no comparativo entre o primeiro trimestre de 2020 e igual período de 2019. O setor vinha em tendência de crescimento desde janeiro de 2018. Entretanto, as incertezas no mercado por causa da pandemia de covid-19 levaram a uma queda de 14,8% nos lançamentos de unidades habitacionais (18.388 unidades) na comparação do primeiro trimestre deste ano contra o mesmo período de 2019.

Na comparação com o quarto trimestre de 2019 (59.553 unidades), o melhor período em lançamentos dos últimos dois anos, houve queda de 69,1% nos lançamentos. Nessa comparação, as vendas caíram 27,2%. Segundo a CBIC, a maior diferença foi no Sudeste, com 8.745 lançamentos ou 79,2% menos que no período imediatamente anterior.

- Nordeste:

Segundo a CBIC, a maior queda no número de unidades lançadas foi observada na Região Nordeste (2.361 unidades), com 56,3% menos que no primeiro trimestre de 2019, seguida pelo Sul, com diferença de 29,1% (3.621 unidades). A Região Sudeste teve pequena variação negativa, de 2,4% (8.745 unidades). As exceções foram o Norte, que no primeiro trimestre de 2020 lançou 754 unidades, ou 183,5% mais que no mesmo período de 2019, e o Centro-Oeste, com 2.907 lançamentos (alta de 57,4%).

O valor geral dos lançamentos (VGL) do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 6,3 bilhões e caiu 9,65% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e 76% em relação ao quarto trimestre de 2020. O índice representa a soma do valor potencial das vendas de todas as unidades que compõem os empreendimentos lançados.

- Vendas:

No Sudeste, foram vendidas 18.443 unidades no primeiro trimestre, ou 39% mais imóveis verticais que no mesmo período de 2019. No Norte, foram vendidas 868 unidades (27,8%), e no Nordeste, 7.311 (21,3%). No Sul, foram vendidos 5.454 apartamentos (12%) e no Centro Oeste, 2.335 (0,7%).

O valor geral de venda (VGV) do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 12,66 bilhões, crescimento de 15,14% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e queda de 32,1% em relação ao quarto trimestre de 2019. O VGV é a soma de valor potencial de venda de todas as unidades que compõem os empreendimentos imobiliários.

A representatividade do programa habitacional Minha Casa Minha Vida sobre o total de lançamentos, no período foi de 57%. Sobre o total de vendas, essa participação ficou em 55,6%.

- Covid-19:

Além do levantamento, a CBIC também apresentou uma avaliação preliminar dos efeitos da crise, mostrando que 79% das construtoras pretendem adiar lançamentos previstos para os próximos meses. Os dois estudos foram realizados em parceria com a empresa Brain Inteligência Estratégica.

Para estimar o impacto da pandemia, foram consideradas amostras representativas de cidades das cinco regiões do Brasil: Maceió, Curitiba, Manaus, Goiânia e São Paulo. Empresários do setor foram ouvidos entre 25 de abril e 4 de maio, em conjunto com a CBIC e mais de 50 entidades setoriais de todo o país.

O levantamento também mostrou que 56% das empresas fecharam vendas durante a pandemia, com a venda de 3.870 unidades.

Uma pesquisa com 600 consumidores avaliou a intenção de compra de imóveis. Segundo o levantamento, 55% mantiveram a intenção de compra em março. Em abril, o percentual caiu para 47%.

Os motivos para a desistências foram: incerteza sobre a duração da pandemia (46%); incerteza sobre emprego ou renda (24%); perda de renda (20%); mudanças de objetivos pessoais (12%); objetivos de economia pessoal (9%); perda de emprego (8%).

De acordo com a CBIC, houve um crescimento nas vendas online durante o mês de abril, o que pode antecipar uma oportunidade de reposicionamento para o mercado pós-coronavírus. Das 540 empresas pesquisadas em abril, 56% fecharam vendas durante a pandemia, sendo que 55% das negociações tiveram início após 20 de março. Além disso, 40% das empresas participantes do levantamento não sentiram ou sentiram queda sutil na busca por imóveis online.

- Ademi-PE:

Segundo Gildo Vilaça, presidente da Ademi-PE, os lançamentos estão suspensos por falta de definição do mercado. De olho na retomada, Vilaça explica que o setor vem negociando com a Caixa Econômica para que considere os contracheques que estão com salários reduzidos, devido à pandemia, do contrário as vendas serão ainda piores.

“Se não tivermos uma sinalização de retomada, ficará muito difícil. Sem planejamento, nenhum negócio se sustenta”, diz o presidente da Ademi-PE. Ele também prevê que se não houver retomada em junho os empresários vão começara a demitir.

É preciso muita criatividade para ajudar o consumidor a encarar melhor o risco. A Moura Dubeux, por exemplo, está oferecendo imóveis com três meses para desistência. Se no período o comprador verificar que não aguentará seguir com o investimento, recebe o dinheiro de volta e pega apenas a comissão.

Pernambuco teve 70% de suas atividades de construção civil paralisadas nesta pandemia. Só obras consideradas essenciais foram permitidas pelo governo estadual.



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